Por mais que se deseje ter o animal por perto o mais depressa possível, é importante respeitar o processo de desmame da ninhada.
Os filhotes são irresistíveis. Não é por acaso que a maioria dos tutores prefere pegar cães ainda pequenininhos: não há nada mais interessante que poder presenciar o crescimento de um animalzinho, ensinando-o a comer, brincar e correr por aí.
Contudo, a amamentação de filhotes de cachorro é muito importante e deve ter o seu tempo respeitado. Tanto para pets quanto seres humanos, o leite materno é fundamental para o desenvolvimento e o amadurecimento dos recém-nascidos.
No caso dos cães, especificamente, há outra vantagem: o leite da mãe fornece o colostro aos bichinhos, nutriente que protege o cachorro contra uma série de infecções, além de contribuir para o aumento da imunidade.
O contato entre os filhotes e a mãe também é importante porque permite que o animalzinho comece a perceber o mundo: a partir dela, os cãezinhos entendem que existem outros animais como eles e percebem que é possível se comunicar com os semelhantes. Além de uma nova percepção, surge certa facilidade para brincar, socializar e começar relações.
Animais que não têm esse período de conhecimento e reconhecimento podem apresentar problemas de comportamento, dificuldade para lidar com outros pets e medo de interações, o que pode engatilhar reações de agressividade no decorrer da vida. A seguir, falaremos sobre a questão da separação dos filhotes da mãe e os cuidados que devem ser tomados. Confira.
Quando a separação pode acontecer?
O desmame dos cães acontece por volta da sexta semana, mas pode se prolongar até a oitava. Durante esse tempo, ou seja, nos primeiros dois meses, o animal deve permanecer com a sua ninhada, tanto para se alimentar quanto para desenvolver alguns princípios de socialização.
Caso seja possível esperar um pouco mais, é vantajoso pegar o filhote após o terceiro mês de vida, quando ele já terá passado pelo processo do desmame, tendo tido novas interações com a mãe e os irmãos.
Vale dizer que o processo de separação entre mães e filhotes não é simples: a cadela fica bastante apegada à cria, especialmente durante o período de amamentação. Isso não ocorre à toa, já que o seu corpo está no ápice da produção de uma série de hormônios, os quais fortalecem a relação entre mãe e filhos, permitindo que ela continue a produzir leite.
Cerca de três meses após o parto, a separação costuma ser menos complexa porque, nessa fase da vida, a cadela está com os hormônios mais equilibrados.
O que esperar do filhote após a separação?
Ao ser retirado de sua ninhada, é natural que o cachorrinho se sinta deslocado, amedrontado ou ansioso. Para manifestar essa confusão, ele pode se afastar de você e chorar durante à noite.
Geralmente, os cães choram durante a madrugada porque a casa está silenciosa e, assim, aumenta a sensação de solidão. Sem a mãe, que costumava protegê-lo, ele vê o ambiente como hostil, o que faz com que ele reaja, chorando e chamando pela mãe.
Então, como agir? Por mais que seja difícil, evite visitá-lo ou dar brindes sempre que ele chorar. Ao identificar que ganha atenção ou algo gostoso quando chora, o pet pode começar um processo de “chantagem”. A melhor opção para acostumá-lo à casa é mostrá-la durante o dia, passear com ele por ela e brincar muito.
Dar carinho é fundamental para estreitar os laços entre vocês e garantir que o bichinho se sinta mais seguro no ambiente em que está. Se você fizer isso durante o dia, a tendência é que as noites passem a ser menos assustadoras para ele.
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