Vendas virtuais devem representar 17,5% do faturamento global do varejo em 2021
Em 2021, a expectativa para o varejo é a entrada de cada vez mais lojistas no mundo virtual. As plataformas de e-commerce estão bombando desde o início de 2020. Com a transformação digital em curso, os acontecimentos do ano passado aceleram a migração dos varejistas para os meios digitais.
De acordo com a ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), entre março e julho do ano passado, mais de 135 mil lojas aderiram ao e-commerce para seguir vendendo. Antes desse período, a média mensal era de 10 mil negócios virtuais por mês, o que mostra que o aumento foi nítido em apenas 4 meses.
A participação do e-commerce no faturamento no varejo já vinha aumentando antes mesmo da popularização no ano passado. Em 2019, dados do Movimento Compre&Confie apontam um crescimento de 22,7%.
E-commerce em números
O ano de 2020 foi propício para o e-commerce brasileiro, e isso é mostrado em números. O setor aproveitou muito bem as condições para aumentar o faturamento e trazer mais clientes para o ambiente digital.
Uma pesquisa da ABComm, em parceria com a Compre&Confie, mostra que o e-commerce nacional faturou 41,92 bilhões nos primeiros 8 meses de 2020, um crescimento de 56,8% se comparado ao mesmo período de 2019.
Os dados mostram que, mesmo com a baixa no tíquete médio, que caiu de R$ 420,78 para R$ 398,03, o aumento de faturamento deu-se por conta de 65,7% de pedidos a mais, que alcançaram a marca de 105,6 bilhões no primeiro semestre.
Os primeiros 6 meses do ano foram tão animadores que a ABComm aumentou a projeção de crescimento anual de 18% para 30%. As lojas que mais faturaram em 2020 estão ligadas ao varejo. Confira:
- beleza e perfumaria com alta de 107,4% nas vendas;
- móveis com aumento de 94,4% no faturamento;
- eletroportáteis com crescimento de 85,7% no período,
- eletrônicos com adição de 68,4% nos números.
Aumento de adeptos das compras on-line
Sem titubear, podemos dizer que 2020 foi o ano mais digital do varejo. Dados compilados pela Infobase Interativa das consultorias Nielsen, Comscore, Global Web Index, Kantar e MindMiners mostram que cerca de 13% da população brasileira fez a primeira compra on-line no ano passado.
Números do Google também comprovam esse dado: segundo a gigante de tecnologia, no primeiro semestre de 2020, 7,3 milhões de novos clientes fizeram compras pela primeira vez na internet.
Outro dado importante é que 54% dos usuários que já compraram produtos pela internet aumentaram a frequência de compras virtuais. Ainda de acordo com o Google, 38% dos consumidores passaram a comprar digitalmente itens que, antes, eram adquiridos em lojas físicas.
Segundo a Compre&Confie, 2020 foi o ano do surgimento de uma nova leva de consumidores, aqueles que não veem mais motivos para comprar produtos físicos e preferem seguir utilizando o e-commerce como principal canal de aquisição.
Expectativa do varejo no e-commerce em 2021
Um relatório da Ebit Nielsen projeta um crescimento de 26% do e-commerce brasileiro em 2021. A expectativa é que o faturamento chegue a R$ 110 bilhões com a consolidação das novas lojas virtuais e das plataformas de marketplace nacionais.
O índice de crescimento é considerado moderado porque, segundo a consultoria, a pressão de inflação e juros mais altos pode gerar aumento nos preços do e-commerce. Ainda segundo a Ebit Nielsen, o número de pedidos deve subir 16%, assim como o tíquete médio, estimado em 9% a mais.
O crescimento do varejo no e-commerce também é apontado no relatório da Statista, que acredita que o setor atinja o faturamento de US$ 4,9 trilhões em 2021, 265% a mais. A estimativa é que o comércio digital responda por 17,5% das vendas globais.
Com consumidores e varejistas mais habituados ao ambiente virtual, a expectativa é que as compras on-line sejam a principal fonte de renda, principalmente de pequenas empresas, ao longo de todo o ano.
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