Saiba porque este deve ser o ano da retomada dos lançamentos imobiliários.
Contrariando todas as expectativas possíveis, 2020 foi um ano marcado pelo crescimento da demanda por imóveis, sobretudo residenciais. O terceiro trimestre apresentou um aumento expressivo de lançamentos e, de acordo com construtoras e especialistas do setor, isso tende a permanecer em 2021.
Dentre os principais motivos apontados para esta retomada, estão as condições de financiamento facilitado, especialmente devido à diminuição histórica da taxa básica de juros da economia, a Selic.
Apesar de a crise sanitária ter gerado incertezas sobre a venda de imóveis no país, a economia ter entrado em recessão e muitas empresas terem fechado, a previsão para 2021 é animadora.
Tendências do mercado imobiliário em 2021
Em editorial, João Teodoro, presidente do sistema Cofeci Creci, indicou as tendências para o mercado imobiliário em 2021, fazendo um levantamento do ano passado e atentando para um crescimento do setor este ano.
Segundo o presidente, apesar de a crise, o ano de 2020 foi bem interessante. A economia do país suportou uma recessão muito séria entre 2014 e 2018, principalmente no setor imobiliário.
Já em 2019 veio a retomada do crescimento, que foi paralisada pela crise. Entretanto, a situação passou rapidamente no setor: menos de 70 dias após o início do isolamento social, o mercado imobiliário reagiu e quase voltou ao nível do final de 2019.
Dessa forma, 2020 começou com excelentes perspectivas, visto que o setor teve uma alta de 0,3% em 2019, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), direcionando o fim da recessão.
A expectativa era que a venda de imóveis cresceria cerca de 20%, levando em consideração a reativação da demanda, comedida durante os anos de 2014 a 2018.
Em 2020, no primeiro trimestre do ano, apesar de a crise sanitária ter sido estabelecida em 14 de março, a venda de apartamentos novos registrou um aumento de 26,7% em comparação com o mesmo período de 2019.
Já no segundo trimestre, mesmo com todos os desafios, de acordo com a Associação Brasileira de Incorporadores Imobiliários (ABRAINC), houve um crescimento de 10,5%, em relação ao mesmo período do ano anterior.
Fatores econômicos atípicos provocaram uma forte reação positiva do mercado, explorada no mês de maio de 2020, mesmo com o agravamento do cenário global. A taxa Selic saiu de 6,5%, em agosto de 2019, para efetivar-se em 2% ao ano. Consequentemente, a queda nos juros das aplicações financeiras foi imediata.
Além disso, os juros para obtenção de empréstimos baixaram consideravelmente, e economistas ainda afirmam que a Selic não passará de 2,75% em 2021 — o que continuará colaborando bastante para a compra de imóveis.
E se a taxa Selic aumentar mais que o previsto?
Ainda segundo João Teodoro, presidente do sistema Cofeci Creci, mesmo se a taxa Selic surpreender e crescer mais que as previsões dos economistas, a venda de imóveis deve permanecer em alta.
Em 2014, a taxa Selic estava em 14,5% ao ano. Naquela época, quem comprou um imóvel no valor de R$ 500 mil, financiado em 18 anos, assumiu uma prestação mensal de aproximadamente R$ 6 mil.
Hoje, o mesmo imóvel teria uma prestação mensal de financiamento em torno de R$ 3,5 mil. Por esse motivo, atualmente, compensa bastante comprar um imóvel financiado no Brasil. A média dos juros do financiamento de residências está em 6% ao ano e deve permanecer assim. Atualmente, essa é a linha mais barata de crédito do Brasil.
A demanda foi comedida durante a crise sanitária, mas deve ser reativada em 2021, quando a economia deve voltar à normalidade. Por esse motivo, alguns economistas acreditam que viveremos um novo aumento no setor imobiliário, até maior que o registrado entre os anos de 2008 a 2013.
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